domingo, 4 de dezembro de 2011

Revivendo o Corinthians


Penta Brasileiro, dedicado ao grande Sócrates, nesse domingo chuvoso e quente, não só nos corações corinthianos. O futebol voltou a acender meu coração nos últimos meses, não só por ser uma caixa de surpresas, mas também por acender sentimentos de união entre parceiros de mesma camisa. Mesmo longe da minha querida Zona Leste, onde a festa, tenho certeza, come mais solta que em qualquer outro dos milhares de pontos reluzentes espalhados por todo país, sinto-me vívida de lembranças do Parque São Jorge e as diferentes comemorações que já tanto vivenciei por lá. Por anos, o Clube foi minha segunda casa, onde não só pratiquei diferentes esportes, mas também somei experiências sensacionais para uma adolescente, como aprender a paquerar, gostar de samba e pagode, andar solta pelas ruas, absorver a malandragem que exala de todos os cantos desse reduto paulistano.
Nada como acontecimentos que proporcionam flashbacks! Sou saudosista sim, acho que cada vivência é única, e nós, somos compostos dessas experiências, e assim, damos continuidade a nossas constantes transformações.
E a distância física das coisas, e a aproximação via meios de comunicação, me trouxe N reflexões, sobre como é vital presenciar os fatos, afinal, são deles que tiramos as essências reais da vida, com seus cheiros e sabores, capazes de serem aguçados por qualquer estímulo inesperado, inspiradores dessas revivências pessoais.
As histórias dos outros são boas, mas não conseguimos que elas virem nossas. Fato! Portanto, bora se jogar nesse mundo de meu Deus, sempre, e de cabeça, para não se recordar nunca do que foi meio feito, mas sim, repleto de todas as sinestesias sinceras que só nossos corações dão conta de absorver, como esse  Penta Campeonato conquistado pelo Timão hoje.







sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Gelo para São Longuinho?

Motivada pelo filme sobre Manoel de Barros, Só dez porcento é mentira,  resolvi iniciar esse espaço, dedicado a opniões soltas e textos despretensiosos sobre temas não conectados. É dele que tirei a inspiração para o nome desse espaço, e a vontade de compartilhar absurdez, muitas vezes presas  em envólucros racionais e preguiçosos, que são capazes de dar vazão ao mundo das idéias, quando perpassada a preguiça e resgatada a convicção que estamos sempre ávidos por novidades alheias.
Fui provocada por diferentes estímulos externos a acreditar que nossos olhos não vêem tudo e nossa cabeça precisa de momentos não pensantes, e assim startei um processo de crença nessas provocações, e passei a encontrar muito mais sabedorias e sentimentos de plenitude em pessoas surpreendentes e momentos inusitados.
Ontem tive a satisfação de tomar cerveja com gelo, literalmente, com pedras imersas na bebida já gelada, e não porque escolhi, mas fui escolhida por Bárbara, uma fantástica mulher residente aqui da cidade de Três Marias em Minas Gerais, que celebra com a bebida à sua moda as pessoas que ela se deixa conquistar. Portadora de um conhecimento extremamente apurado sobre o Sertão de Minas e seu Rio São Francisco, com detalhes de suas tradições, paisagens e peculiaridades mineiras, a anfitriã apresenta sabiamente a vida, sob diferentes perspectivas de uma ex secretaria de Meio Ambiente, engajada e socialmente ativa, através de diferentes projetos para o município e contínua transmissão de conhecimento 
Conheci pela primeira vez pessoalmente, o simpaticíssimo São Longuinho com sua lanterninha, e pensei em sua infinita disposição à humanidade, e nos incontáveis pulinhos já oferecidos da minha parte, sem ao menos imaginar quão amável ele o é. São Longuinho,  nessa conversa, teve direito a alguns minutos dentro do freezer, já que o calor por aqui não é dos mais fracos não, e Bárbara sabe o agradar, para além dos momentos de apuro.
A imagem abaixo, é do nosso São Longuinho, já abrasileirado, bem como as orações que todos conhecemos. Sua história de devoção a Jesus Cristo, conta com um trágico final de apreensão política, e do resgate da espiritualidade de um escravo romano, por isso, cruelmente sacrificado, porém sob a benção de ter sido eternizado, e reconhecido por nós, sobre essa fofa imagem teândrica.
Crenças a parte, sempre tive São Longuinho como aliado, e agora, conto ainda mais com a sua benevolência em minhas jornadas de encontro dessa vida, que contam com o tempo natural das coisas,  e com o quente resgate de nossas esperanças, presentes até em uma geladíssima cerveja com gelo.